Novo estudo desenvolve escala para medir o bem-estar
O texto a seguir trata de estudos recentes da Universidade de Harvard que comprovam a importância das empresas no desenvolvimento de hábitos saudáveis de seus funcionários, o que fortalece ainda mais o propósito da SAUDESCOLHA BENEFÍCIOS, que é “transformar o ambiente organizacional em uma Blue Zone”.
Vale a pena ler e conferir que hábitos são esses, que também variam seu grau de importância de acordo com a idade das pessoas.
E lembre-se: SAÚDE É ESCOLHA !
Pesquisadores de Harvard chegaram em seis domínios a serem avaliados
Por Adriana Fonseca, Para o Valor
06/08/2021
A avaliação do bem-estar completo inclui seis aspectos e agora pode ser medida, segundo uma nova escala desenvolvida por pesquisadores do Programa de Prosperidade Humana e do Departamento Chan de Epidemiologia de Harvard.
A estrutura do “Propriedades psicométricas de escalas de prosperidade a partir de uma avaliação abrangente de bem-estar” é derivada do modelo teórico do florescimento humano, entendido como um estado em que todos os aspectos da vida humana são favoráveis. A abordagem vai além do bem-estar psicológico e reflete a definição de saúde da a Organização Mundial da Saúde (OMS), que não apenas considera a saúde do corpo e da mente, mas também abrange a integridade da pessoa.
Nesse sentido, a Avaliação de Bem-Estar (WBA) é um instrumento abrangente projetado para avaliar o bem-estar holístico em seis domínios:
- Saúde emocional
- Saúde física
- Significado e propósito
- Forças de caráter
- Conexão social
- Segurança financeira
Segundo os pesquisadores, embora cada um desses domínios seja distinto, todos eles são quase universalmente desejados e, exceto a segurança financeira, constituem fins em si mesmos. Para chegar à nova escala, os autores Dorota Weziak-Bialowolska, Piotr Bialowolski, Matthew T. Lee, Ying Chen, Tyler J. VanderWeele e Eileen McNeely coletaram dados de uma amostra representativa de adultos trabalhadores: 276 funcionários participaram do piloto, 2.370 participaram da primeira onda e 1.209 da segunda onda da pesquisa.
O WBA mostrou, segundo o paper publicado na “Frontiers in Psychology”, um bom ajuste (40 itens, seis fatores), confiabilidade satisfatória, correlação teste-reteste e validade convergente / discriminante em relação à estabilidade ao longo do tempo e medidas de saúde relevantes, bem como um bom ajuste para os dados que eram invariantes ao longo do tempo, sexo, idade, educação e estado civil.
“Estamos um passo mais perto de compreender o florescimento humano”, disse em nota a pesquisadora Dorota Weziak-Bialowolska. “Embora haja necessidade de mais pesquisas, o instrumento de 40 itens por nós proposto pode ser usado para avaliar o bem-estar em seis domínios.”
“Nossa pesquisa anterior mostra que todos os seis domínios do florescimento humano são quase universalmente valorizados”, acrescentou o pesquisador associado Piotr Bialowolski. No entanto, alguns domínios acabam sendo particularmente relevantes para grupos específicos.
Pessoas casadas valorizam a conexão social e geralmente demonstram maior significado e propósito na vida, indivíduos mais velhos desenvolvem mais forças de caráter, enquanto mais educados cuidam melhor da saúde física.”
A pesquisa também fornece uma visão sobre os aspectos do bem-estar que mudam com o tempo.
“Isso nos ajuda a entender que em alguns momentos do curso de vida, um domínio do bem-estar pode declinar à medida que outro aumenta. Por exemplo, os novos pais às vezes encontram um maior senso de significado e propósito, mesmo quando enfrentam desafios para o bem-estar físico e emocional”, disse Matthew T. Lee, diretor de pesquisa empírica do Programa de Prosperidade Humana.
“Ter um nível mais completo de consciência do bem-estar em todos os domínios é necessário para fazer mudanças positivas. Além disso, o local de trabalho é uma plataforma importante para a promoção do bem-estar e nossa pesquisa mostra que essa medida é adequada nesse ambiente.”